POLÊMICA PERANTE A SOCIEDADE
Por: Luciana Oliveira.
A curiosa polêmica criada pelo professor de filosofia Antônio Kubitschek, automaticamente fez com que as pessoas pensassem mesmo concordando ou não com sua atitude provocativa de chamar a atenção dos alunos em uma de suas provas. Sua verdadeira intenção, era sim poder ir mais além do que um simples debate em sala de aula e fazer como um todo pensar, sendo que obviamente seu ato seria rapidamente repassado entre as pessoas, redes sociais enfim com a mídia no geral.
Como as pessoas recebem algo polêmico como este, será que verdadeiramente conseguiram compreender qual ponto ideológico o professor quis tocar?
Houve depoimentos de pais de alunos, assim que surgiu o assunto, dizendo ser absurda sua atitude como professor enquanto alunos acharam divertida sua questão na prova, pois avaliaram como algo para tirar a tensão em sala de aula.
Ao fazer uma simples análise a este respeito, podemos observar em alguns casos o despreparo de algumas pessoas no quesito “pensar”! Talvez este seja o real motivo da ação do professor, o de nos convidar como sociedade a pensar, refletir, seguir o famoso e imprescindível “Por quê?”, a olhar para o mundo de uma maneira mais crítica, mudando o simples fato de tudo aceitar sem se questionar. Ao seguir este novo hábito de ser, pensar e agir, naturalmente mudamos todos os conceitos referentes a política, religião ou da própria sociedade em geral. Por exemplo, através desta polêmica, ela nos leva a pensar nos problemas educacionais das escolas públicas pelo fato de termos um governo falho tanto com a escola em si como com os professores, podemos discutir sobre culturas musicais como a que ponto tal gênero musical é valido ou não, ou seja, são vários assuntos abrangentes um seguidos do outro, que podem ser posto como prática de discussão.
sábado, 19 de abril de 2014
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Matéria realizada sobre as exposições de Eikoh Hosoe (Sesc Consolação) e Joan Miró (Caixa Cultural)
Por: Luciana Oliveira
Não
poderia deixar de mencionar a tensão exercida ao depararmos com algo novo e diferente do que
estamos acostumados com o nosso dia a dia, até mesmo o suspense que se formou
em imaginar como seria antes de tudo começar.
Ao
chegarmos primeiramente na exposição de Eikoh Hosoe de fato foi assustador mas estava ai neste
momento, o êxtase da descoberta, como as pessoas interpretam a nudez exposta
nas obras de Hosoe? A princípio foi um pensamento primata, mas a partir daí foram sendo construídas as críticas pela qual
seria imprescindível para a análise final. Em partes convém o mesmo a exposição
de Joan Miró, porém com toque a mais de mistérios talvez pelo fato de não ser fotografias
de corpos como vimos na anterior mas sim de algo mais abstrato ao primeiro
olhar.
O
que nos chamou a atenção acima de tudo, foi a presença de crianças principalmente na de
Miró, e o detalhe também, foram elas acompanhando a mediadora apresentando as
obras e víamos o fascínio delas ao descobrir um outro mundo diferente do comum,
sendo que as metodologias geralmente praticadas em algumas escolas restringe
este modo de ensino, o distanciando da educação e já formando futuros
esteriótipos.
Reflexão
das Obras
No
decorrer das exposições, obtivemos informações em relação ao Miró e Hosoe,
ambos se inspiram no Surrealismo e no Dadaismo. Então vamos possivelmente fazer
em partes uma pequena análise de suas obras.
JOAN
MIRÓ
Miró,
além do surrealismo citado acima, tinha como fascínio para suas artes a mulher,
os pássaros e as constelações o que diretamente nos remete a vida, liberdade e
energia criando uma expansão de pensamentos filosóficos, questionamentos e
reflexão ao todo, por exemplo ao contemplar a obra “Mulher de 1977”, intimamente
percebe a mulher como liberdade de gerar a vida, sendo dela o poder de criação,
como um núcleo no centro do universo, portanto ela é privilegiada e merece
estar sendo venerada por todos. Em a “Mulher Pássaro de 1978”, ela trás seus
seios cheios do leite no qual faz sobreviver outros seres, representando sua
fartura como mulher, o prazer de ser mulher, a energia que emana dos seus seios
a faz seguir em frente em um caminho sem fim. Mesmo em momentos de loucura ou
êxtase como em “Mulher Estrela 1978”, representa uma forma feminina de
sabedoria, e sendo submetida a preconceitos em relação a sua filosofia de
mulher através da sua sexualidade, esta também pode ser representada em A
Mulher 1977, baseando se em alguns conceitos religiosos, o sexo como “Tabu”, o
limite em ser ela mesma, vista tecnicamente apenas como mãe e objeto
satisfatório ao necessário do homem, seguindo religiosamente normas pré
destinadas a ela.
O
intuito de representar a mulher, é de
fato valorizar a vida desde seu surgimento, como expressada em “ O Espermatozoide de 1977”como
o início de um novo ser.
Entre
outras obras apresentadas, ao vermos, logo identificamos críticas em
relação ao poder do homem em destruição,
a falta de humanidade ocorridas em períodos de guerras. Vimos em uma delas um
coração humano ensanguentado, ao lado de corpos mutilados no chão, um deles
representava o corpo de uma mulher pegando fogo e ao lado um animal
representando um cachorro morto, enfim em meio a toda destruição, o que restou
foram a fome e a miséria dos que
sobreviveram.
Miró
não deixou de revelar em suas obras que o homem ainda é um ser primata, mesmo
sendo pintadas ha anos atrás, para nós hoje é a mais pura atualidade em que
vivemos, lutamos para sobreviver em todos os sentidos, para se alimentar, se
educar ou seja psicologicamente dizendo, é uma luta diária de uma sociedade em
geral. Pode dizer que tiramos estas conclusões em obras que mostram o homem
pescando o peixe, seu alimento diário e em uma das obras “Sem titulo de 1971”
ao ver um homem saindo de um buraco negro, representando ele, tendo de renascer
a cada dia.
Com
base em teorias Freudianas pelas quais o surrealismo se inspirou, sabemos de
Joan Miró, que fazia seus desenhos muita das vezes inconsciente, aproveitando o
momento do sono para usar seu subconsciente e realizar as pinturas. Dizia ele
não se preocupar com a beleza das formas, elas eram feitas para serem
analisadas com olhar de criança.
Contudo,
como seria o mundo se ainda tivéssemos o olhar natural de criança?
EIKOH
HOSOE
Hosoe,
assim como Miró inspirou se no surrealismo, dadaísmo e também no
expressionismo. Influenciado pelas culturas orientais, trás em suas fotografias
o desafio do autoconhecimento através do corpo, este é revelado como arte,
revelando o lado sombrio e iluminado do ser pensante, como na dança teatral de
“Butô” inspirada em relacionar tudo que for oposto um do outro, exemplo, dor e
prazer, luz e trevas, trazendo na dança movimentos, gestos e expressões como se
estivesse sendo libertadas da psique todo
o conflito interno existente.
Baseando se neste contexto temos uma
fotografia de um homem de idade morto na cama e um bebe deitado em cima de seu
corpo sorrindo, segundo conceitos religiosos do ocidente pode representar o
contraste entre vida e morte significando que tudo tem um fim porém em
religiões como do oriente pode interpretar como o renascimento,início de um
novo ciclo.
Ao
visitar a exposição Corpos de Imagens como já havia citado acima, de início
surgiu todo um conflito de ideias pois ao entrarmos na sala involuntariamente
nos assusta, trás um choque de realidade por de certa forma não estarmos
acostumados a determinadas culturas diferentes como é apresentada por Hosoe,
nem sempre baseado em nossa cultura encaramos a nudez como arte ou seja para
nossa memética é algo inovador, todo o cenário escuro destacando perfeitamente
as fotografias, a sensação que trás o piso ao deslocarmos de uma sala a outra seguida das músicas
diferenciando também cada ambiente da exposição trás a sensação de mistérios
sendo desvendados, buscamos ali algo inconsciente, a cada fotografia observada
alguma coisa em nosso interior se manifesta e
fala, nos obriga a ter uma nova visão de mundo seja como quebra de
tabus, reflexões como um todo por exemplo, abrir espaço a uma nova maneira de
pensar sobre sexo, religião e política. Algumas fotografias, parecem dizer
sobre o mito de Adão e Eva, como na imagem do seio feminino ao lado do corpo
masculino que por sinal suas costelas são nitidamente destacadas, em outra
temos de costas o corpo nu de mulher com uma mão segurando uma maça, ou seja o
fruto proibido segundo representado no mito.
Podemos
analisar assim como Miró nas pinturas, a importância de relatar e colocar o
público a pensar sobre os acontecimentos passados nas guerras, algumas fotos
analisamos como pessoas mortas espalhadas pelo chão, a nudez que se encontra nos corpos representa
a fraqueza do ser humano ao se deparar com situações de guerra ou seja o homem
fraco tanto do lado de quem mata quanto de quem tenta se defender de
irracionalidades ocorridas em períodos de conflito ocorridos nas guerras.
Enfim
tanto Miró como Hosoe, nos convida a pensar e refletir constantemente sobre
valores, estes que são esquecidos facilmente com conflitos diários de uma
sociedade talvez perdida em sentido de humanidade. Repensar e se auto educar é
difícil, pois nem sempre estamos preparados psicologicamente para o novo, para
mudanças de conceitos próprios que como um vírus por exemplo, passando-o
através da educação aos nossos futuros pensadores, poderia se espalhar trazendo
a esperança de possivelmente uma realidade mais tranquila e justa para fins de princípios
humanos.
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